Conheça um pouco sobre os Navios Negreiros

[…] Stamos em pleno mar. . .
Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações
marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos
mares,
Como roçam na vaga as
andorinhas…
Donde vem? onde vai?  Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande
o espaço?
Neste saara os corcéis o pó
levantam,
Galopam, voam, mas não deixam
traço.
Bem feliz quem ali pode nest’hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o
firmamento…
E no mar e no céu — a imensidade!
[…]
Castro Alves
Conhecidos também como Navios Tumbeiros, os Navios Negreiros
foram as grandiosas embarcações que transportaram inúmeros homens e mulheres e
produto diversos (como comidas, especiarias, mercadorias para escambo) para as
colônias europeias, atravessando o Atlântico. 
Este grande comercio, foi muito utilizado e era conhecido
como Comércio Triangular, onde as principais atividades eram voltadas ao
tráfego de negros escravos para gerar lucros nas colônias, como mão de obra
cativa pelos europeus.

Os navios no Brasil

Os Navios Negreiros eram contemporâneos as produções de
Plantations que ocorriam no Brasil, na época. Muito comum também era a
exploração de minerais nativos, como o próprio ouro que era colhido pelos
escravos e mandado direto para os europeus.
O episódio ficou conhecido historicamente como Diáspora
Africana. Nesta época, os Navios Negreiros passavam por viagens difíceis que
duravam meses para chegarem aos seus destinos. O problema destas, é que muitas
viagens acabavam em mortes, por falta de comida, nutrientes e saúde dos
tripulantes. Além de haver, também, a existência de tempestades em alto mar, que
acarretavam no adiamento da chegada dos Navios.

Os Navegadores

Por se tratarem de Navios abarrotados de Homens e Mulheres escravizadas,
os africanos eram maltratados desde a entrada nos Navios até a chegada destes
nos portos.  Os Navios, devido a todos
acontecimentos em alto mar, chegavam em péssimas condições, com inúmeros negros
acorrentados e desnutridos.
Os Navios Negreiros, por tratarem todos como simples
mercadorias, não gozavam de boa infraestrutura. Os presos eram localizados nos
porões sem que houvesse higiene ou boa qualidade gastronômica. Devido ao tempo
que demorava para transportar uma carga a outro porto, todas as comidas eram
racionadas como pequenas porções de água, farinha e carne seca.

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